O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, não gostou nada da notícia de que VALE e governo federal não entraram em acordo e que construção da ferrovia entre Santa Leopoldina e Ubu está ameaçada
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, não gostou nada da notícia de que VALE e governo federal não entraram em acordo na renegociação das concessões das ferrovias Vitória-Minas e Carajás. A questão pode ser até judicializada. A preocupação dele está no fato de que parte do dinheiro a mais que Brasília estava negociando com a mineradora iria para a construção da primeira parte da estrada de ferro até o Rio de Janeiro (EF 118), um trecho de 80 quilômetros entre Santa Leopoldina e Anchieta (Porto de Ubu). Um investimento de algo perto de R$ 2 bilhões.
“A notícia é bem ruim, sem dúvida. Era algo que já estava dado, afinal, há um compromisso de público da VALE, feito dentro do Palácio Anchieta, com a sociedade capixaba. Me preocupa a insensibilidade da VALE em não cumprir o compromisso público assumido com o Espírito Santo de construir a ferrovia até Anchieta”, disparou Renato Casagrande, em encontro realizado pela Federação das Indústrias do Espírito Santo, deixando de lado o seu tradicional estilo contemporizador.
A estratégia do governo federal era usar o dinheiro a mais da outorga da Vale para irrigar investimentos em ferrovias Brasil agora. Um dos compromissos era o trecho Santa Leopoldina-Ubu. Agora, para que o investimento saia mesmo do papel (grande preocupação dos capixabas), o dinheiro terá de vir de outro lugar. O governador entrou em contato com o Ministério dos Transportes e a informação de lá é que o projeto da EF 118 vai caminhar mesmo sem a Vale.
A nova ferrovia, que parecia estar ao alcance das mãos, pode ter ficado um tanto quanto mais distante. A ver os próximos passos dessa importante novela.
(DA REDAÇÃO \\ Beatriz Fontoura)
(INF.\FONTE: Governo-ES \\ Reprodução)
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