Anchieta: Execução de dois jovens em Iriri expõe disputas pesadas do tráfico de drogas no litoral sul do ES

A tranquilidade do balneário de Iriri, em Anchieta, foi quebrada na tarde do último sábado (30) por um crime brutal que expôs as ramificações do tráfico de drogas na região. Dois jovens foram executados a tiros dentro de um veículo HB20 branco estacionado na Rua Sazínio Felisberto. As vítimas foram identificadas como Carlos Alberto dos Santos Neto, de 24 anos, e Matheus Silva dos Santos, de 25, este último foragido do sistema prisional de Xuri, que usava uma identidade falsa se passando por Douglas Oliveira da Silva.

A ação foi rápida e meticulosamente planejada, como mostram imagens de câmeras de segurança. Três homens encapuzados desceram de um carro prata, dispararam diversas vezes contra o veículo das vítimas e fugiram pela Avenida Dr. Moacyr de Abreu Junqueira. No local do crime, a perícia recolheu cápsulas de munição de calibres variados.

Testemunhas relataram ter ouvido cerca de 30 disparos. Durante a fuga dos criminosos, motociclistas que trafegavam nas proximidades caíram ao tentar evitar o confronto e buscaram atendimento médico, mas deixaram o local ao perceberem a chegada da polícia.

Horas depois, um carro com características semelhantes ao usado pelos suspeitos foi encontrado incendiado na comunidade de Baixo Pongal, no interior de Anchieta, dificultando a identificação dos envolvidos.

A Polícia Militar informou que as vítimas tinham ligações com o tráfico de drogas em Recanto do Sol, Anchieta, e contatos com criminosos de Marataízes e Piúma. Matheus, que utilizava uma identidade falsa, havia alugado recentemente um apartamento em Piúma. No imóvel, a polícia encontrou um arsenal suspeito, incluindo: Uma arma longa semi-industrial calibre 9mm; Porções de cocaína e crack; Pinos vazios para embalar cocaína; e Cadernos com anotações do tráfico de drogas.

As três mulheres encontradas no local, de 19, 27 e 29 anos, foram abordadas e conduzidas para prestar depoimento na 9ª Delegacia Regional de Itapemirim, mas acabaram liberadas por falta de elementos suficientes para prisão em flagrante.

O crime aconteceu no mesmo horário da final da Copa Libertadores da América, o que inicialmente levou moradores a confundirem os tiros com fogos de artifício.

A Polícia Civil de Anchieta está à frente das investigações e trabalha para identificar os autores do crime e esclarecer a motivação.

(DA REDAÇÃO \\ Guto Gutemberg)

(INF.\FONTE: Fabiano Peixoto \\ Capixaba News)

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