Justiça aceita denúncia contra acusados pela morte de Moïse

Quiosque em situação irregular

 

O Ministério Público do estado do Rio de Janeiro denunciou, e a Justiça do Rio de Janeiro aceitou os termos dessa denúncia formulada pelo MP contra três acusados pelo assassinato do jovem congolês Moïse Kabagambe, que foi brutalmente espancado em quiosque na Barra da Tijuca, na zona oeste da capital, no final de janeiro.

A denúncia relata a barbaridade do crime, com morte decorrente de traumatismo no tórax e contusão pulmonar, provocada por ação contundente. Os denunciados relataram que as agressões foram feitas com um pedaço de pau, enquanto a vítima estava imobilizada.

“Além disso, tanto o laudo de necropsia quanto o laudo pericial de local mostram que a vítima foi atingida por inúmeros golpes na parte posterior do tronco. Consta também zona equimótica na órbita ocular, o que é indicativo de lesões na face ou base do crânio”, diz a denúncia.

A juíza Tula Correa de Mello, da 1ª Vara Criminal da capital, decretou a prisão preventiva de Fabio Pirineus da Silva, Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca e Brendon Alexander Luz da Silva, que irão responder por homicídio triplamente qualificado.

“Presentes, portanto, indícios de que o crime foi praticado por motivo fútil, decorrente de mera discussão e praticado com emprego de meio cruel, haja vista as agressões bárbaras. O crime foi praticado com recurso que impossibilitou a defesa da vítima, que foi derrubada e imobilizada, não tendo como reagir”, diz a decisão.

Segundo a juíza, o homicídio de Moïse é o terceiro caso de espancamento na orla da Barra da Tijuca em menos de um mês, “revelando, portanto, especial audácia criminosa”.

DA REDAÇÃO \\ Gutemberg Souza)

(INF.\FONTE: Agência BR \\ Akemi Nitahara)

(FT.\CRÉD.: Agência BR \\ Fernando Frazão)